Frio aumenta piolhos? Com a chegada do inverno e a queda das temperaturas, muitos pais e responsáveis têm notado um aumento nos casos de piolho na cabeça das crianças, especialmente nas escolas.
Se você já foi criança, é bem provável que tenha enfrentado uma infestação de piolhos — e se lembra dos pentes finos, das receitas caseiras, do barulhinho do piolho entre os dedos e, claro, da regra número um: ir para a escola de cabelo bem preso!
Mesmo com o avanço da medicina e a variedade de remédios para piolho e shampoo para piolho disponíveis, o problema ainda é comum. Mas afinal, frio aumenta piolhos?
Na verdade, as baixas temperaturas aumentam o contato físico e a troca de objetos, o que favorece a proliferação dos piolhos, principalmente entre as crianças.
Apesar de comum, a infestação de piolho na cabeça pode causar mais do que coceiras. Se não tratada corretamente, ela afeta o bem-estar da criança, podendo levar a feridas, infecções e até situações de bullying ou isolamento social.
A boa notícia é que, com atenção, prevenção e tratamento adequado é possível combater o problema com eficiência.
Continue a leitura para entender por que o frio favorece a infestação e como proteger seu filho nesse período.
Neste artigo você vai ver:
Piolhos gostam de frio?
Qual temperatura mata o piolho?
Porque piolho é mais comum em crianças?
O que faz dar muito piolho?
Como não ter mais piolho?
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Piolhos gostam de frio?
Apesar da crença popular, os piolhos não gostam de frio. Esses minúsculos parasitas são atraídos por ambientes quentes, úmidos e escuros — como os fios de cabelo e o couro cabeludo.
Então, por que os casos aumentam justamente nas estações mais frias? O que acontece é que, no frio, as crianças costumam ficar mais próximas umas das outras, principalmente em salas de aula sem climatização.
Além disso, é comum o compartilhamento de acessórios como gorros, toucas, capuzes e cachecóis, o que facilita a transmissão dos piolhos.
Quando é a época de piolho?
Não existe uma “época oficial” de piolho no calendário, mas alguns períodos do ano favorecem o aumento dos casos — especialmente entre as crianças em idade escolar.
Outono e inverno lideram os casos
Segundo especialistas em dermatologia e pediatria, os meses mais frios concentram a maior parte das infestações de piolho na cabeça. O motivo está mais relacionado ao comportamento do que à temperatura em si:
Mais tempo em ambientes fechados e sem ventilação
Proximidade física entre os colegas de escola
Compartilhamento de objetos pessoais
Essa combinação de contato físico frequente + troca de objetos pessoais cria o ambiente ideal para a transmissão do piolho na cabeça das crianças.
E no verão?
Engana-se quem pensa que o verão está livre de riscos. Em períodos de férias ou colônias de férias, o contato direto entre as crianças também pode facilitar o contágio.
Por isso, é importante manter a vigilância o ano inteiro, observando sinais como coceira, feridinhas e presença de lêndeas no couro cabeludo.
Qual temperatura mata o piolho?
Piolhos são resistentes, mas temperaturas acima de 60 °C conseguem eliminá-los, principalmente fora do couro cabeludo. Por isso, lavar objetos pessoais com água quente é uma das formas recomendadas para desinfetar o que esteve em contato com a criança.
Vale lembrar que no couro cabeludo, o calor de um secador de cabelo comum, por exemplo, não é suficiente para matar os piolhos — e pode até irritar a pele. O ideal é combinar o tratamento com loções específicas, shampoo para piolho e o uso diário do pente fino por pelo menos sete dias.
O que precisa ser lavado com água quente:
Lençóis e fronhas
Cobertores e travesseiros
Toucas, bonés, arcos e prendedores de cabelo
Brinquedos de pelúcia
Almofadas, capas de sofá e tapetes
Roupas usadas nos dias da infestação
Dica importante: escovas, pentes e acessórios de cabelo também devem ser lavados com água quente ou deixados de molho por 10 minutos em solução específica contra piolhos.
Porque piolho é mais comum em crianças?
Embora qualquer pessoa possa ter piolho na cabeça, os casos são mais frequentes entre crianças, especialmente em idade escolar.
Motivos principais:
As crianças costumam ter contato físico mais próximo com colegas durante brincadeiras e atividades escolares;
Compartilham objetos como pentes, escovas, tiaras, presilhas, bonés e fones de ouvido — o que facilita a transmissão;
Cabelos longos, mais comuns entre as meninas, também contribuem para o aumento de casos, por dificultarem a visualização e a remoção dos piolhos e lêndeas.
Quando uma criança está com piolho na cabeça, é comum que o parasita se espalhe para irmãos, pais ou outros membros da família, principalmente por meio de travesseiros, roupas de cama ou toalhas.
O que faz dar muito piolho?
Como vimos, o piolho se espalha principalmente pelo contato direto entre as cabeças e pelo compartilhamento de objetos pessoais.
Quando falamos em piolho na cabeça de criança, muita gente ainda associa o problema à falta de higiene. Mas esse é um dos principais mitos sobre piolhos.
Segundo a pediatra Renata de Castro, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a pediculose deve ser tratada como uma questão de saúde pública, principalmente nas escolas:
“É comum na infância e não está ligada à falta de higiene. É essencial que famílias e escolas atuem em conjunto, com diálogo e sem estigmatizar a criança afetada”, afirma a especialista.
Como não ter mais piolho?
Evitar infestação de piolho na cabeça de criança exige prevenção constante e hábitos simples no dia a dia.
A melhor forma de prevenção é quebrar os ciclos de transmissão, principalmente em ambientes escolares. Isso inclui manter os cabelos presos, orientar a criança a não encostar a cabeça em colegas e evitar o compartilhamento de itens pessoais como:
Pentes e escovas;
Toucas, bonés e tiaras;
Travesseiros, mantas e roupas de cama.
Além disso, a inspeção frequente no couro cabeludo da criança é essencial.
Em casos de surto, a escola deve ser comunicada para que possa orientar outras famílias. Lembre-se sempre que o diálogo é fundamental para que a criança não se sinta isolada ou culpada.
Qual é a forma correta de tratar a infestação?
Encontrou piolho na cabeça do seu filho (a)? Calma, o tratamento é simples e eficaz quando feito corretamente.
Veja o passo a passo para tratar a pediculose com segurança:
Use um remédio para piolho adequado, como shampoos ou loções à base de permetrina ou ivermectina. A escolha deve ser feita com orientação médica.
Utilize o pente fino diariamente por 7 a 10 dias para remover lêndeas e piolhos mortos.
Lave roupas, fronhas, bonés, pelúcias e acessórios em água com temperatura acima de 60 °C. Se não for possível, coloque os itens em sacos plásticos fechados por 14 dias.
Não raspe o cabelo da criança — essa prática não é necessária na maioria dos casos e pode afetar a autoestima.
Evite receitas caseiras como vinagre, ervas ou gorduras, que além de ineficazes podem causar alergias ou irritações no couro cabeludo.
Como vimos até aqui, embora seja mito dizer que o frio aumenta piolhos, é fato que, com a chegada das temperaturas mais baixas, os casos de infestação tendem a crescer. Por isso, redobrar os cuidados no inverno é essencial.
Com atitudes simples, informação e prevenção, é possível passar pela estação mais fria do ano longe dos incômodos dos piolhos.
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Educação de qualidade também é prevenção
Quando pais e escolas caminham juntos, até os pequenos desafios do dia a dia — como o combate aos piolhos — podem ser enfrentados com mais tranquilidade, cuidado e informação. Escolher uma instituição que valorize o bem-estar e o diálogo com as famílias faz toda a diferença.
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